Guimarães Rosa
Mas o que ele quis dizer com isso, professor?
Aluno, perguntando sobre um trecho da obra de Guimarães Rosa
Em Literatura... não devemos nos preocupar com o que o autor quis dizer, mas com o que ela pode significar a cada nova leitura.
Professor, saindo pela tangente
Sei lá, só Deus sabe o que esse doido queria dizer.
Pensamento do mesmo professor, após a pergunta
Mas o que Diabo é isso?
Deus, lendo Tutaméia
Ficamos sem saber o que era João e se João existiu...
Carlos Drummond de Andrade sobre Guimarães Rosa
A complexidade e a riqueza dos textos rosianos é impressionante.
Todos os críticos literários sobre Guimarães Rosa
Preciso da cadeira...
Pessoa em pé sobre a cadeira de Rosa na Academia Brasileira de Letras
Gente!
Velma, do Scooby doo, lendo Corpo de Baile
Cacildis!
Mussum, lendo Cara de Bronze
No lo comprendo
Tevez, sobre Grande Sertão: Veredas
Ele entrou na Academia, não foi? Que coisa boa! Eu sempre quis escrever um livro e entrar na Academia Brasileira de Letras!
Zeca Pimenteira, na cerimônia em que Guimarães Rosa foi imortalizado
Li, gostei muito. Recomendo!
Carla Perez, sobre Sagarana
Guimarães Rosa, sinônimo de culteza e antônimo de Paulo Coelho, este autor elevou o sentido de Literatura ao mais alto grau. Tão alto que ninguém alcança e se escora baseia no argumento literário da subjetividade da interpretação para escrever artigos e ganhar um monte de papéis que não servem pra nada certificados importantes para a carreira acadêmica. Extremamente detalhista, Guimarães Rosa frequentemente viajava pelo sertão para registrar dados futuramente usados em seus livros.
Os "espertinhos"[editar]
Desta forma, sempre tem alguém famoso querendo dizer que já leu Guimarães Rosa, quando a maioria sequer passou do primeiro parágrafo. A verdade é que os que leram e os que não leram estão todos no mesmo barco, já que ninguém entende nada mesmo. Por isso, se você não tem pelo menos um mestrado, não perca seu tempo lendo.

Outra razão para não ler Guimarães Rosa é que sua obra prima, além de absurdamente complexa, também carrega fortes tendências homossexuais e que só não é usado como grande ícone da viadagem nacional porque apenas 1% das bichas consegue entrar ingressar na universidade e os outros 99% leem apenas revista de moda, para aprender novos cortes de cabelo para seus salões.
Complexidade[editar]
Sobre seus complexíssimos textos, descobriu-se recentemente o óbvio: Guimarães Rosa tinha poderes mutantes iguais aos dos X-Men, e só conseguia criar extremamente chapado. Infelizmente, morreu de overdose ao tentar escrever Grande Sertão: Veredas Reloaded. Mas o estudo sobre seus livros continua em alta: além dos milhares de minicursos, palestras, comunicações e artigos novos a cada evento universitário, um grupo de doidos um impressionante número de doutores se reúne a cada dois anos na PUC-Minas, num evento exclusivamente dedicado ao autor. Uma vez reunidos para explicar a obra rosiana, escrevem textos ainda mais complexos do que o de Guimarães Rosa.
No entanto, se ainda assim você também quer poder fazer parte do desocupado seleto grupo de leitores de Guimarães Rosa, segue um trecho de Primeiras Estórias. Considerado pela crítica o pórtico para a obra rosiana (se você não sabe nem o que é pórtico, então vá ler Paulo Coelho)
Trecho de "Primeiras Estórias"[editar]
" - Ô, seô!... - foi o grito; senão se, de guerra: - Ugh, sioux - também cabendo ser, por meu testemunho, já que com concentrada ou distraída mente me encontrava, a repassar os próprios, íntimos quiprocós, que a matéria da vida são. Mas - Oooh... - e o senhor tão bem passante algum quieto transeunte apunhalara?!
Texto crítico sobre o trecho acima[editar]
No instante em que é capaz de habitar o cosmos do entreaberto, onde se processa a interpenetração dinâmica do sim e do não, O Menino realiza, na profundidade de seu próprio ser, o sutil intercâmbio dialógico da transcendência e da transdescendência. Dissociada da transdescendência, a transcendência conduz à infinitude vazia, que desvitaliza o homem. Separada da transcendência, a transdescendência reduz o homem à finitude subalterna, que o aniquila. Despotenciado pela liberdade sem rumo da infinitude transcendente, ou asfixiado pela opressividade sem perspectiva da finitude imanente, o homem definha e perece. A pura infinitude é sobrehumana, porque divina; a mera finitude é subhumana, porque animal. Apenas a transfinitude, irrompendo da tensão harmônica destes dois pendores complementares, permite ao homem consumar-se como homem, atualizando a dotação onírica de sua alma, potencializando a vocação poética de seu espírito e integralizando a sua alta missão órfica sobre a terra. Ao adquirir o dom dramático da transfinitude, o Menino transcende a aporia primitiva das duas rígidas margens da alegria, - a do bem incorpóreo e irreal e a do mal monstruoso e sobrenatural, - e se consagra na apoteótica conquista da Alegria definitiva da “Terceira Margem do Rio”, eternamente suspensa na fronteira abissal entre o ser e o nada, de onde não cessa de convidar o homem ao silêncio e à solidão, que propiciam a essencial consonância entre a imensidão do cosmos e a intimidade da alma.
Principais textos[editar]
- O demônio e Riobaldo
- Manuelzão do guerreiro da luz
- Diadorim decide morrer
- Sagarana de um mago
- Magmatub
- Na terceira margem do rio eu sentei e chorei